sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Texto #22

Segundo o Portal Terra, o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking de PIB por países. Em contrapartida, o nosso país está em 85º lugar na colocação de IDH. Essa contradição nos faz indagar as seguintes questões: O que é desenvolvimento? Seria o Brasil um país desenvolvido? Qual é o passo para sermos a nova potência mundial?

Durante a Guerra Fria foram estipuladas divisões do globo em que se viam primeiro, segundo e terceiro mundo em plena rixa. O primeiro mundo era constituído pelos países capitalistas desenvolvidos; o segundo, formado pelos países socialistas; e no terceiro estava o conjunto heterogêneo de países subdesenvolvidos (pobres), como o Brasil. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da URSS, em 1991, o mundo se encontrava em uma Nova Ordem Mundial. Ou seja, a divisão por primeiro, segundo e terceiro mundo foi deixada de lado, dando espaço para os conceitos de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O mundo se viu diante de uma nova configuração política: a soberania dos Estados Unidos e do capitalismo mudou a hierarquia internacional. Os países do Norte foram taxados como desenvolvidos e os do Sul, abaixo dos EUA, como subdesenvolvidos.

Nos países desenvolvidos, a maior parte da população possui elevado padrão de vida. Esses países dominam nas questões tecnológicas, econômicas e politicas em relação aos países subdesenvolvidos. Têm altos índices de urbanização, meios de transporte e comunicações, educação, ciência e programas sociais a população. Assim, as taxas de analfabetismo, desemprego e mortalidade infantil são baixas. As pessoas comem, comem tanto que tendem a obesidade. Porém essa não é a realidade nem da metade da população mundial. A quantidade de países subdesenvolvidos é esmagadora em relação à de países desenvolvidos. Esses países, em sua grande maioria, foram colônias, o que dificulta, mesmo após séculos, o desenvolvimento e as relações em tais lugares. As altas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo e a baixa expectativa de vida são indicadores que reforçam esse pensamento.

Como brasileiros, temos a mania de tentar classificar o nosso país também e vemos que não é tão simples. É relativo e complexo classificar uma nação, um povo, uma história. Não sabemos como eles conseguiram, se é que conseguiram. Temos o PIB necessário para uma arrancada fenomenal. Se as nossas politicas públicas fossem eficazes, certamente estaríamos no rumo para a tão sonhada potência mundial. Mas não se constrói um país sem educação, sem leitura, sem saúde, sem profissionalização, sem plano de carreira, sem segurança. Do que adianta termos dinheiro se ele não será bem administrado? Quem serão os nossos porta-vozes ao mundo, se 13 milhões de brasileiros, segundo o Portal R7, são analfabetos? Somos cidadãos brasileiros, não somos norte-americanos ou europeus. Passamos séculos sendo explorados escancaradamente por meio da escravidão, do roubo de matérias primas. E hoje, nos deixamos explorar, ainda que indiretamente, por ficarmos olhando a grama do vizinho, por não cobrar os direitos e nem exercer os deveres. Não é necessário sermos a nova potência mundial, só precisamos ser o Brasil de cada um. Verdadeiramente,  Brasil de todos.