quarta-feira, 18 de abril de 2012

Complexidade

Complexidade... Não é um problema de matemática, nem uma questão de algoritmos. Não é a hidrostática, nem a taxonomia. Não é o hardware nem software. Mas o que você me diria do ser humano? Claro que você pode alegar que o cérebro humano é o universo da complexidade. Porém, se a mente humana é tão complexa, o que você me diz da alma? O que você me diz do coração não como um órgão, mas como uma caixa de sentimentos? Melhor, de todos os sentimentos. Por que ser humano é sentir absolutamente tudo de uma vez só. Porque não é humano aquele que nunca chorou de amor ou de riso, muito menos aquele insensível, que machuca, que destrói, sem sentir lá no fundo a dor da culpa. E eu poderia listar milhões de palavras que significassem alegria, tristeza, e todos os outros sentimentos. Mas quem é que consegue escrever um coisa dessas sem derramar um gota de lágrima? Porque a sensibilidade é um desgraçada que corroí, mas que caracteriza a humanidade.

Quantas vezes você já ouviu "fulano não é humano, não tem humanidade"? Isso vai muito mais além do que ter compaixão daquele que não tem o que vestir ou comer. É deixar de matar aqueles que você mais ama, aqueles que quando você está deprimido e solitário são os primeiros a te acolher, aqueles que quando você chora secam as suas lágrimas, e que quando você sorri são o motivo. Falta de humanidade é ter um lar, é ter quem te ama, e não dar valor. Ir atrás de outros, se fazer de otário. É, acima de tudo, não ter amor por si próprio, por sua alma. E se tornar vazio, frio, ao ponto de destruir a sua vida e, consequentemente, destruir a dos outros. É confuso? É complexo. Porque escrever o que se sente, o que se dói, é sofrido, mas é aliviante. É um paradoxo infinito de ideias caladas e sufocadas que nunca saem. Mas que permenacem gravadas nos textos, na mente, porque estão no coração. E não há como tirar da alma aquilo que está gravado no íntimo, no mais profundo, no ser.

sábado, 7 de abril de 2012

Continuar

Eu sei que um dia eu vou olhar pra tudo isso e rir muito. Vou me chamar de boba e dizer que perdi muito tempo insistindo em coisas que eu sabia que não iam dar certo. Mas por um outro lado, não poderia ser diferente, e se pudesse voltar no tempo, acho que cometeria os mesmos erros só pra sentir tudo de novo. Eu não posso ser boba por tentar, eu não posso ser boba por ter esperança, não sou boba por não ser covarde. Errados são os sem atitude, que têm medo da vida. Eu posso errar em muitas coisas, mas não me sinto derrotada porque tento, e não venha pedir que eu desista. Desconheço essa palavra, não sei conjugar esse verbo. Mas tentar? Tentar eu sei o que é... Cansar? Também... Mas tranquilidade, paz de espírito e consciência limpa são algumas das graças que tenho por não desistir de viver. Porque viver é tentar. E eu, tento a vida.