segunda-feira, 2 de março de 2015

Texto #23

O termo política é derivado do grego antigo e se refere aos procedimentos da pólis, cidade-estado. Para a filósofa alemã Hannah Arendt, a política é fruto da convivência diversificada entre os homens. Do grego também deriva a palavra idiota, aquele que recusa a política e vive apenas para a vida privada. 

Tratando-se de política no Brasil, muitos cidadãos afirmam que "política é como futebol: não se discute". Acham que política é apenas a relação partidária e seus membros eleitos para cargos públicos. Outra expressão comum é "todo político é corrupto". Esta afirmação revela como o brasileiro se sente insatisfeito com os próprios governantes que ele intitulou e como está apático de seu papel quanto agente cidadão.

O homem é um ser que faz política na família, no círculos de amizades, no trabalho. Relacionamento, convívio, liberdade e consenso são componentes da ciência política. Fazer distinção entre a política praticada por nossos governantes, com a realizada por todos no cotidiano, compromete a qualidade e o serviço prestados pelos representantes das três esferas do Poder. 

A política é um meio fundamental para a vida na sociedade. É inépcia recusá-la sendo que o homem é um ser político. O homem não deve ter orgulho em dizer que é apolítico, que não se importa em participar efetivamente das questões democráticas do país, porque isso é ignorância. 

Desde a infância, o cidadão deve ser instruído no convívio familiar e na escola sobre sua importância como indivíduo no espaço social, para, posteriormente, ser instigado a utilizar instrumentos que reflitam sua participação política, como o voto. Os governantes devem possibilitar a inserção dos jovens na esfera política, como acontece em partidos específicos para a juventude. Por fim, todo cidadão deve buscar e conhecer seus direitos e deveres a fim de efetivar sua participação política e construir um país verdadeiramente democrático.