Cada pessoa tem seu dom. Uns estão mais escondidos e têm aqueles que declaramos ser nossos. Então, acho que preciso escrever. Quanto desperdício ficar me remoendo por não usar meu dom. A gente parece o homem da parábola dos talentos que enterrou seu dom. Há tanta coisa que podemos fazer pelos outros, e a primeira de todas seria ser útil. Não é possível que alguém seja feliz sabendo que está parado, sem fazer nada, sem ajudar, sem construir, sem informar, sem amar. Eu sei que existe, mas não me conformo.
Essa semana vi a proposta de redação de uma universidade sobre "Coisas pelas quais devemos lutar". Pensei na gama de subtemas, quantas pessoas falando o que cada um quer. E isso é bonito porque não vejo graça num mundo apático. Gosto discussão. Entretanto, isso não significa que gosto da discórdia. Não há coisa mais interessante do que um "eu não concordo com você". E as pessoas se inflamam '"o que? Você tá louco!". Mas é opinião é que nem... olho, cada um tem o seu. Ruim é quando as pessoas acham que opinião é igual roupa, moda, e ficam usando a da vez. Transformação, mudança, evolução são tão bonitas, que é maravilhoso ser uma metamorfose. Melhor ainda é ser sua própria metamorfose. E a partir de seus pensamentos criar o seu caráter, os seus princípios. Afinal, ética é isso mesmo: questionar. Por isso que a Filosofia é tão fantástica: um mundo infinitamente questionável. Eu já não lembro mais do que queria dizer, da raiva que eu queria desabafar. Agora estou calma, graças ao meu dom. Ao meu dom de esvaziar, ao meu dom de transbordar. Em uma lágrima, cabe um discurso, cabe um desabafo. Mas aqui cabe "eu".
terça-feira, 29 de outubro de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Texto #22
Segundo o Portal Terra, o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking de PIB por países. Em contrapartida, o nosso país está em 85º lugar na colocação de IDH. Essa contradição nos faz indagar as seguintes questões: O que é desenvolvimento? Seria o Brasil um país desenvolvido? Qual é o passo para sermos a nova potência mundial?
Durante a Guerra Fria foram estipuladas divisões do globo em que se viam primeiro, segundo e terceiro mundo em plena rixa. O primeiro mundo era constituído pelos países capitalistas desenvolvidos; o segundo, formado pelos países socialistas; e no terceiro estava o conjunto heterogêneo de países subdesenvolvidos (pobres), como o Brasil. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da URSS, em 1991, o mundo se encontrava em uma Nova Ordem Mundial. Ou seja, a divisão por primeiro, segundo e terceiro mundo foi deixada de lado, dando espaço para os conceitos de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O mundo se viu diante de uma nova configuração política: a soberania dos Estados Unidos e do capitalismo mudou a hierarquia internacional. Os países do Norte foram taxados como desenvolvidos e os do Sul, abaixo dos EUA, como subdesenvolvidos.
Nos países desenvolvidos, a maior parte da população possui elevado padrão de vida. Esses países dominam nas questões tecnológicas, econômicas e politicas em relação aos países subdesenvolvidos. Têm altos índices de urbanização, meios de transporte e comunicações, educação, ciência e programas sociais a população. Assim, as taxas de analfabetismo, desemprego e mortalidade infantil são baixas. As pessoas comem, comem tanto que tendem a obesidade. Porém essa não é a realidade nem da metade da população mundial. A quantidade de países subdesenvolvidos é esmagadora em relação à de países desenvolvidos. Esses países, em sua grande maioria, foram colônias, o que dificulta, mesmo após séculos, o desenvolvimento e as relações em tais lugares. As altas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo e a baixa expectativa de vida são indicadores que reforçam esse pensamento.
Como brasileiros, temos a mania de tentar classificar o nosso país também e vemos que não é tão simples. É relativo e complexo classificar uma nação, um povo, uma história. Não sabemos como eles conseguiram, se é que conseguiram. Temos o PIB necessário para uma arrancada fenomenal. Se as nossas politicas públicas fossem eficazes, certamente estaríamos no rumo para a tão sonhada potência mundial. Mas não se constrói um país sem educação, sem leitura, sem saúde, sem profissionalização, sem plano de carreira, sem segurança. Do que adianta termos dinheiro se ele não será bem administrado? Quem serão os nossos porta-vozes ao mundo, se 13 milhões de brasileiros, segundo o Portal R7, são analfabetos? Somos cidadãos brasileiros, não somos norte-americanos ou europeus. Passamos séculos sendo explorados escancaradamente por meio da escravidão, do roubo de matérias primas. E hoje, nos deixamos explorar, ainda que indiretamente, por ficarmos olhando a grama do vizinho, por não cobrar os direitos e nem exercer os deveres. Não é necessário sermos a nova potência mundial, só precisamos ser o Brasil de cada um. Verdadeiramente, Brasil de todos.
Durante a Guerra Fria foram estipuladas divisões do globo em que se viam primeiro, segundo e terceiro mundo em plena rixa. O primeiro mundo era constituído pelos países capitalistas desenvolvidos; o segundo, formado pelos países socialistas; e no terceiro estava o conjunto heterogêneo de países subdesenvolvidos (pobres), como o Brasil. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da URSS, em 1991, o mundo se encontrava em uma Nova Ordem Mundial. Ou seja, a divisão por primeiro, segundo e terceiro mundo foi deixada de lado, dando espaço para os conceitos de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O mundo se viu diante de uma nova configuração política: a soberania dos Estados Unidos e do capitalismo mudou a hierarquia internacional. Os países do Norte foram taxados como desenvolvidos e os do Sul, abaixo dos EUA, como subdesenvolvidos.
Nos países desenvolvidos, a maior parte da população possui elevado padrão de vida. Esses países dominam nas questões tecnológicas, econômicas e politicas em relação aos países subdesenvolvidos. Têm altos índices de urbanização, meios de transporte e comunicações, educação, ciência e programas sociais a população. Assim, as taxas de analfabetismo, desemprego e mortalidade infantil são baixas. As pessoas comem, comem tanto que tendem a obesidade. Porém essa não é a realidade nem da metade da população mundial. A quantidade de países subdesenvolvidos é esmagadora em relação à de países desenvolvidos. Esses países, em sua grande maioria, foram colônias, o que dificulta, mesmo após séculos, o desenvolvimento e as relações em tais lugares. As altas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo e a baixa expectativa de vida são indicadores que reforçam esse pensamento.
Como brasileiros, temos a mania de tentar classificar o nosso país também e vemos que não é tão simples. É relativo e complexo classificar uma nação, um povo, uma história. Não sabemos como eles conseguiram, se é que conseguiram. Temos o PIB necessário para uma arrancada fenomenal. Se as nossas politicas públicas fossem eficazes, certamente estaríamos no rumo para a tão sonhada potência mundial. Mas não se constrói um país sem educação, sem leitura, sem saúde, sem profissionalização, sem plano de carreira, sem segurança. Do que adianta termos dinheiro se ele não será bem administrado? Quem serão os nossos porta-vozes ao mundo, se 13 milhões de brasileiros, segundo o Portal R7, são analfabetos? Somos cidadãos brasileiros, não somos norte-americanos ou europeus. Passamos séculos sendo explorados escancaradamente por meio da escravidão, do roubo de matérias primas. E hoje, nos deixamos explorar, ainda que indiretamente, por ficarmos olhando a grama do vizinho, por não cobrar os direitos e nem exercer os deveres. Não é necessário sermos a nova potência mundial, só precisamos ser o Brasil de cada um. Verdadeiramente, Brasil de todos.
terça-feira, 26 de março de 2013
Frase #16
A gente faz os outros rirem para as nossas lágrimas secarem.
sábado, 9 de março de 2013
Frase #14
O amor não mata. O amor ressuscita.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Só você
Não há ninguém que me faça sorrir,
Não há melhor lugar que em ti.
Só tu me traz a paz,
Só teu amor me satisfaz.
E se te vejo, começo a cantar:
Em seu braços é o meu lugar.
Só teu colo me traz a paz,
Só teu amor me satisfaz.
São os teus olhos janelas pra vida,
É o teu sorriso que muda o meu dia,
É o teu amor que me leva daqui.
Nada que venha e passe
Jamais irá mudar o que sinto por ti
Eu te prometo:
Não vou desistir.
Não há melhor lugar que em ti.
Só tu me traz a paz,
Só teu amor me satisfaz.
E se te vejo, começo a cantar:
Em seu braços é o meu lugar.
Só teu colo me traz a paz,
Só teu amor me satisfaz.
São os teus olhos janelas pra vida,
É o teu sorriso que muda o meu dia,
É o teu amor que me leva daqui.
Nada que venha e passe
Jamais irá mudar o que sinto por ti
Eu te prometo:
Não vou desistir.
domingo, 13 de janeiro de 2013
O picolé da sogra
Depois
do nascimento de uma filha, a maior preocupação de um pai é: qual será o idiota
que, dentre os sete bilhões de pessoas no mundo, escolherá a minha princesa?
Ter genro é tão ruim quanto ter sogra.
Mulher é uma coisa complicada:
quanto mais cafajeste, preguiçoso e vagabundo é o homem, melhor, desde que ele
tenha 190 cm de altura e 100 kg de massa muscular bem distribuídos.
A verdade é que, depois do noivado da
Júlia, algumas coisas mudaram. Ela só vive na casa da sogra. Sai de manhã para
o trabalho, estuda a tarde e passa a noite na casa da sogra. Basicamente, ela
só dorme em casa, isso aqui virou uma casa dormitório.
E os fins de semana já não são mais
os mesmos. Enquanto a família está na praia curtindo, a Júlia fica cuidando do
noivo e, nesses passeios, eu ainda tenho que comprar coisas do meu dinheiro
para ela presentar a sogra.
No último domingo, fomos a uma
cidadezinha praieira e lá tem uma sorveteria maravilhosa, bem antiga. A receita
é extremamente secreta e somente o dono sabe fazer a raridade. Eis que minha
filha liga, para minha surpresa:
– Paizinho, você pode trazer dez
picolés de Maneca?
– Estou sem dinheiro. – respondi.
– Ah, pai... Não tem problema. Te
pago depois, é para minha sogra querida.
Filhos... O que eles pedem que não
fazemos?! Comprei os picolés, gastei vinte reais com a Dona Joana. Tirei da
minha e da boca da minha mulher para a sogrinha da primogênita não ficar sem.
Fomos embora para nossa casa com os
picolés dentro de uma bolsa térmica. Ainda tive que gastar mais dez reais com
gelo, senão eles iriam sucumbir aos 37ºC. Quando cheguei, a Júlia nem quis
falar comigo, já foi pegando os picolés. Porém, para a nossa decepção, eles
estavam só água.
– Pai, o picolé da
minha sogra! – indagou Júlia.
– De nada, ingrata. – respondi –
Agora pode devolver meus 30 reais.
– Não vou devolver nada, esse não
era o combinado. – ela retrucou.
Mas, para piorar a situação, o
bonitão ao qual tenho o desprazer de chamar de genro, chegou:
– Oi, amor. Oi, sogrinho. Onde
estão os picolés?
– Ah, amor, meu pai deixou derreter
tudo. – ela respondeu.
– Claro. – ironizei – Eu não sei
mandar no Sol como vocês.
– Não tem problema, sogrinho, –
disse o abusado – semana que vem você compra gelo seco, aí não vai derreter.
Eu não o esperei nem terminar,
quando vi, já o tinha mandado ao chão.
– Pai! O que você fez? O nariz dele
está sangrando. – gritou Julia.
– Ah é?! – respondi – Pega o picolé
da sogra e enfia no... Nariz dele.
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