Complexidade... Não é um problema de matemática, nem uma questão de algoritmos. Não é a hidrostática, nem a taxonomia. Não é o hardware nem software. Mas o que você me diria do ser humano? Claro que você pode alegar que o cérebro humano é o universo da complexidade. Porém, se a mente humana é tão complexa, o que você me diz da alma? O que você me diz do coração não como um órgão, mas como uma caixa de sentimentos? Melhor, de todos os sentimentos. Por que ser humano é sentir absolutamente tudo de uma vez só. Porque não é humano aquele que nunca chorou de amor ou de riso, muito menos aquele insensível, que machuca, que destrói, sem sentir lá no fundo a dor da culpa. E eu poderia listar milhões de palavras que significassem alegria, tristeza, e todos os outros sentimentos. Mas quem é que consegue escrever um coisa dessas sem derramar um gota de lágrima? Porque a sensibilidade é um desgraçada que corroí, mas que caracteriza a humanidade.
Quantas vezes você já ouviu "fulano não é humano, não tem humanidade"? Isso vai muito mais além do que ter compaixão daquele que não tem o que vestir ou comer. É deixar de matar aqueles que você mais ama, aqueles que quando você está deprimido e solitário são os primeiros a te acolher, aqueles que quando você chora secam as suas lágrimas, e que quando você sorri são o motivo. Falta de humanidade é ter um lar, é ter quem te ama, e não dar valor. Ir atrás de outros, se fazer de otário. É, acima de tudo, não ter amor por si próprio, por sua alma. E se tornar vazio, frio, ao ponto de destruir a sua vida e, consequentemente, destruir a dos outros. É confuso? É complexo. Porque escrever o que se sente, o que se dói, é sofrido, mas é aliviante. É um paradoxo infinito de ideias caladas e sufocadas que nunca saem. Mas que permenacem gravadas nos textos, na mente, porque estão no coração. E não há como tirar da alma aquilo que está gravado no íntimo, no mais profundo, no ser.
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