quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Não sabemos o que é o amor
O nosso problema com o amor é que não sabemos amar. O amor deveria ser a cura de todas as dores, mas, por muitas vezes, ele se torna mais uma. Existem tantos problemas grandes e sugadores na nossa vida, aqueles problemas que nos destroem e acabam com o nosso dia. Porém o que mais mata é o olhar frio, é o sorriso forçado, é o eu te amo sem gosto, o beijo sem vontade. Esses são incômodos pequenos. Eles não nos destroem, eles nos matam. Eles não acabam com os nossos dias, eles acabam com as nossas vidas. Somos tão ignorantes e temos uma atração tão grande por problemas que criamos problemas onde há a solução. O amor é um anestésico, é uma droga eterna, seu efeito dura eternamente. Como cada remédio forte tem seus efeitos colaterais, o amor também tem. É o sorriso bobo, o suspiro profundo, o alívio da alma. E quando você briga com quem mais ama, quando você deixa a paranoia cuidar da sua imaginação, quando sua cabeça diz que não é para sempre, eis um novo pequeno incômodo que tira um pedaço do seu coração a cada dia e se transforma em um pequeno peso nas costas. E aquela dor, aquela vontade de chorar todos os dias já destrói muito mais que a sua conta bancária, que seus trabalhos escolares, que seus conflitos familiares. Nada pior que a incerteza do "para todo sempre", até porque é isso que vai definir se é amor ou não.
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