quarta-feira, 31 de maio de 2017

Editorial Jornal dos Calouros ECO 2016.1

EM BUSCA DE UM SONHO

CAMILA GONÇALVES (EC2)
Baiana, forasteca arretada e amante do Rio


“A despedida foi árdua. 1050 km me separariam entre o que era meu e o que deveria conquistar. Passado e futuro, velho e novo se comunicavam naquele ponto de partida. E que ponto: meu pai. A lágrima que escorria no rosto do meu primeiro amor se fundia ao riso incerto de uma menina ansiosa, repleta de expectativas. 1050 km depois, aqui estou eu, na cidade maravilhosa. As expectativas redobraram, porque cada ponto precioso desse lugar me faz respirar e ter certeza de que tudo o que vivi foi bom, porém o que estar por vir vai valer a pena."


Uma cidade de diversos gostos, sabores, cheiros e olhares. O Rio de Janeiro expressa uma conexão com tudo que é intenso e profundo. Aqui somos abençoados não só pela imagem do Cristo Redentor de braços abertos recebendo a todos, mas também abençoados pelas próprias pessoas. Nós, calouros que viemos de outros estados, abençoamos o Rio com nossa bagagem, com nossas perspectivas. Em cada rosto, em cada esquina, a maresia soprada se envolve com todos os sonhos misturados e levados pelo vento, que beija cada um de nós.

Estudar na renomada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) só aumenta essa sensação. Grandes nomes se formaram aqui. O prestígio é significativo e nos faz carregar um legado, ou melhor, dar continuidade, construindo-o. A partir de agora, nada de apatia. É preciso engajamento, pois o nosso compromisso com a sociedade é real. E é assim que nos sentimos: que devemos aproveitar de tudo, com a graça de uma criança que acaba de ganhar um doce, e, ao mesmo tempo, com a sabedoria de que crescer é difícil e que temos de saber lidar com as consequências de nossas escolhas.

É isso que tentamos retratar nessa edição do CalourEco 2016.1. Quem somos nós, calouros? De onde viemos? O que deixamos para trás? O que estamos trazendo? O que esperamos do curso? Cada um, de forma particular, compõe um grupo de jovens com muita determinação. Vamos até o final, não por um diploma, e sim por vontade de transformação. Deixar a nossa marca na instituição, para que saibam que estudamos aqui e tocamos vidas ao nosso redor. Sejamos, assim, todos bem-vindos.

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