sábado, 31 de março de 2012
Delírios da adolescência #6
Ah, meu amor… Por que te amo tanto assim? Por que te quero
tanto assim? Isso não é normal. Chega até ser doentio. Porque quando acordo
penso que vou te ver, te encontrar. Quanto te vejo, meu coração acelera, meu
abraço te espera, meus ouvidos querem tua voz e minha boca está pronta para as
melhores risadas, que são as que dou com você. Depois de te ver, o resto do dia
passa e eu espero a noite, onde sei que vou te reencontrar. Porque, ao fechar
os olhos, você vai estar lá. E eu sinto, eu sonho, eu suspiro, eu mentalizo…E é
tão automático que nem é preciso dormir. Eu nunca posso ficar desocupada porque
se já tão atarefada consigo pensar em você, imagina parada, sem fazer nada?! Na
verdade, desde que comecei a te amar, eu nunca faço nada, porque sempre estou
pensando em você. É como se a minha mente tivesse tirado várias fotos suas. Do
seu sorriso, do eu olhar, do seu cabelo… E ficasse projetando essas imagens nos
meus olhos. É surreal! Tão bonitas as minhas palavras, mas tão grande a dor
desse meu coração. Porque eu já não sei o dizer para esse meu pobre coração que
insiste em te amar, em te querer e, consequentemente, em sofrer. Pelo jeito ele
gosta mesmo de sofrer e quem sou eu para contrariá-lo? Eu sou a dona dele, eu
sou dona no meu coração… Engano. Errados são os que pensam assim, porque esse
órgão, diferente da mente, não pode ser controlado. É ele quem manda. E eu sou
sua pobre refém. Meu coração manda e eu vou obedecer. Por mais que me machuque,
eu vou segui-lo. Porque só se vive uma vez e eu não quero me arrepender de
coisas que não fiz. Mas, já pode cortar da minha listinha o item “amei”, porque
esse eu faço todos os dias por você.
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